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Primeiro-ministro italiano Matteo Renzi comenta investigações e “pede” para ser interrogado

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, fez comentários diretos sobre as investigações em Potenza que levaram à renúncia da ministra do Desenvolvimento Econômico, Federica Guidi. O chefe de Governo disse ser o responsável por propor a polêmica emenda e afirmou que a Justiça deve ouvi-lo e interrogá-lo, se necessário.

"Tem o presidente do Conselho de Ministros que está envolvido neste tema. Eu escolhi fazer esta emenda. As obras públicas ficaram bloqueadas por anos e a ideia de desbloqueá-las foi tomada por nós para Tempa Rossa, Pompeia, Bagnoli e outros lugares", disse Renzi em uma entrevista a uma emissora de TV italiana.

"Se os magistrados quiserem, podem me interrogar não somente sobre o caso de Tempa Rossa, mas sobre o que quiserem", disse o premier. De acordo com a imprensa local, os promotores de Potenza que cuidam do caso disseram que não preveem interrogar o primeiro-ministro. Apesar de defender a emenda, Renzi admitiu que a ministra Guidi cometeu falhas e que tomou a decisão correta ao renunciar.

"O problema não é se a ministra sabia ou não da emenda, mas sim, se alguém comete atos ilícitos em relação à emenda", disse. "Se há obras, elas devem seguir adiante sem bloqueios. Mas se alguém rouba, deve ser 'bloqueado' o ladrão".

Durante as investigações de um caso de gestão ilícita de resíduos em uma unidade da estatal petrolífera ENI na província de Potenza, a ministra do Desenvolvimento Econômico foi grampeada e, na ligação, ela promete agir para favorecer as atividades de seu namorado, Gianluca Gemelli, que é dono de empresas do setor.

Segundo a Promotoria, Gemelli cometeu tráfico de influência ao usar sua relação com a ministra para obter favores da petrolífera francesa Total. Gemelli queria ser incluído na lista de prestadores de serviços da Total e, em troca, oferecia convencer Guidi a inserir na Lei de Estabilidade Orçamentária de 2015 uma emenda que simplificasse a implantação do projeto Tempa Rossa, um grande depósito de petróleo também situado na província de Potenza e que será explorado pela Total. (Fonte: Ansa)

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