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BANCA VENETO E POPOLARE DI VICENZA: Deputados italianos autorizam resgate de bancos em falência

A Câmara dos Deputados da Itália aprovou o decreto-lei que autoriza o resgate de dois bancos do país que correm risco de falência: Veneto Banca e Banca Popolare di Vicenza.

A medida proposta pelo governo e que conta com o aval da União Europeia será examinada agora pelo Senado. Se for aprovado sem modificações, o texto seguirá para sanção do presidente Sergio Mattarella.   

A operação contará com a participação do maior banco italiano em valor de mercado, o Intesa San Paolo, que comprará a parte “saudável” das duas instituições. Já seus créditos deteriorados, que totalizam cerca de 10 bilhões de euros, serão assumidos pelo Estado, que tentará revendê-los.   

O Ministério das Finanças prevê um gasto inicial de 5 bilhões de euros para salvar correntistas e poupadores, mas com uma despesa potencial que pode chegar a 17 bilhões. A intervenção do governo só foi permitida pelo Banco Central Europeu (BCE) porque a instituição chefiada pelo italiano Mario Draghi não considera Veneto Banca e Banca Popolare di Vicenza grandes o suficiente para causarem efeitos em todo o sistema bancário.   

 

Como contrapartida para participar do resgate, o Intesa Sanpaolo negociou com sindicatos um acordo para demitir 4 mil pessoas nos próximos anos. No início de julho, a UE aprovou também uma intervenção estatal no Monte dei Paschi di Siena (MPS), tido como o banco mais antigo do mundo ainda em atividade.   

Nessa operação, o governo gastará 5,4 bilhões de euros para salvar o MPS da falência e comprar uma participação acionária de 70%.

Como condição, a Comissão Europeia exigiu que o Estado se desfaça de sua fatia no banco até 2021, respeitando as condições de mercado.

 

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