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TRAGÉDIA: Especialistas italianos adiam extração de combustível do Costa Concordia; há 16 mortos

Especialistas não começarão a retirar o combustível do navio Costa Concordia, parcialmente submerso na costa da italiana Toscana desde 13 de janeiro, de acordo com o chefe da Defesa Civil Franco Gabrielli, que é encarregado da operação.

Em declarações televisionadas da Ilha de Giglio, onde o cruzeiro naufragou após atingir uma rocha a 150 metros da costa, Gabrielli afirmou que as equipes de mergulhadores começaram a preparar a operação para extrair as 2,38 mil toneladas de combustível do Costa Concordia. A expectativa é de que sejam necessárias cerca de quatro semanas para concluir a extração de combustível do navio e, assim, evitar um desastre natural na região.

Além da emergência por possíveis vazamentos de combustível, outro dos problemas que podem ocorrer é o lançamento de uma grande quantidade de lixo e objetos procedentes do Costa Concordia no mar, que pode afetar tanto o fundo do oceano como a costa. Gabrielli afirmou que enviou uma carta à companhia Costa Cruzeiros, dona da embarcação, que elabore um plano para limpar a poluição do navio, até quarta-feira.

As declarações foram feitas no dia em que mergulhadores encontraram mais um corpo na embarcação, elevando para 16 o número total de mortos. Antes do anúncio de que mais um morto havia sido achado, o chefe da Defesa Civil afirmou que havia 23 desaparecidos. Dos 15 corpos encontrados até segunda-feira, seis – três mulheres e três homens – continuam sem identificação.

Os mergulhadores da companhia holandesa Smit Salvage, que se encarregará da extração, realizaram nesta terça-feira uma primeira inspeção no navio, descendo cerca de 20 metros para estudar as condições do casco antes de começar a isolar o primeiro dos 17 tanques dos quais o combustível será extraído.

Gabrielli explicou que os mergulhadores trabalharão só de dia, enquanto a extração do combustível será realizada sem pausa se as condições do mar permitirem. A extração será realizada por meio de uma perfuração no casco, e o combustível começará a ser bombeado em direção a cisternas externas. Através de uma segunda abertura, o tanque receberá água do mar para evitar que o esvaziamento provoque movimentos no navio.

Em relação à mancha que na segunda foi vista em frente à costa da ilha, uma localidade de grande interesse turístico por fazer parte de um dos parques naturais mais importantes do Mediterrâneo, Gabrielli explicou que se trata de hidrocarboneto, com sua procedência sendo analisada.

Trata-se de uma mancha de 300 metros por cerca de 200 metros que surgiu no dia do naufrágio ou nos dias seguintes e se alojou no fundo do mar, mas que agora emergiu por conta das correntes.

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