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Ao lembrar de massacre, presidente italiano Giorgio Napolitano pede união na União Europeia

Em uma cerimônia em Roma pelos 70 anos do Massacre das Fossas Ardeatinas, o presidente da Itália, Giorgio Napolitano, aproveitou a ocasião para defender a união dos países europeus e criticou os grupos políticos que tentam desacreditar a integração no continente.

"Devemos recordar aquilo que vivemos na Itália e na Europa e que não se pode brincar com essas posições que tendem a atacar o nosso patrimônio de luta pela liberdade", afirmou o chefe de Estado. Segundo ele, a paz não é "um presente" ou algo dado como certo, mas sim uma conquista alcançada a partir da unidade entre as nações europeias. "Unidade essa que hoje muita gente, de forma bastante superficial, procura desacreditar", acrescentou.

O massacre promovido pelas tropas alemãs ocorreu em 24 de março de 1944 em Roma, quando 335 civis italianos foram fuzilados em represália a um atentado realizado por partigiani, como eram chamados os membros da resistência armada do país ao nazismo. Os assassinatos ocorreram dentro dos buracos formados por uma antiga pedreira, conhecidos como Fossas Ardeatinas. Entre os oficiais que participaram das execuções estava Erich Priebke, ex-capitão da SS durante a Segunda Guerra Mundial, que morreu na capital da Itália em 11 de outubro de 2013 aos 100 anos de idade.

No entanto, as declarações de Napolitano provocaram reações dos eurocéticos. "Palavras vergonhosas do presidente, usar as Fossas Ardeatinas para atacar quem desacredita a União Europeia. Os dinossauros e os euroburocratas têm medo", disse Matteo Salvini, secretário do partido de extrema-direita italiano Liga Norte.

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