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Igreja Católica quer ser modelo no combate à pedofilia no clero

"Por que vocês protegeram os autores dos abusos?" "Quais punições são previstas?" "Que medidas vocês tomaram?" Uma delegação do Vaticano teve que responder para especialistas das Organizações das Nações Unidas (ONU) em Genebra, Suíça, uma lista de perguntas sobre o escândalo de abusos sexuais contra menores de idade por parte de padres.

A audiência ocorreu em uma sala tomada por jornalistas e representantes de organizações de vítimas de pedofilia. A resposta da Santa Sé ao "triste fenômeno dos abusos sexuais contra menores foi articulada", afirmou o núncio apostólico Silvano Tomasi, chefe da delegação da Igreja. "O Vaticano também delineou políticas e procedimentos voltados para a eliminação de tais abusos e para colaborar com as respectivas autoridades estatais para combater esses crimes", acrescentou o religioso, que em dezembro já havia enviado à ONU uma série de informações por escrito.

Segundo o canal norte-americano CBS, as vítimas e organizações presentes na audiência citaram casos que ocorreram nos Estados Unidos, Irlanda, México, Austrália e Grã Bretanha, além de pedir ao Vaticano que forneça respostas para aquilo que consideram um problema global.

Nas suas intervenções, Tomasi apontou os esforços da Santa Sé para formular uma linha de ação na Igreja e mencionou a criação de uma comissão de proteção aos menores, afirmando que a "Igreja católica está ansiosa para tornar-se um modelo nessa importante tarefa". Pressionada pelas perguntas, a delegação explicou que o Vaticano abriu 612 investigações de abuso sexual por parte do clero em 2012, das quais 465 são consideradas "mais graves" e 418 referem-se a menores de idade.

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