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Para promover biografia, Silvio Berlusconi usa frase de Steve Jobs

O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi gravou um vídeo para divulgar sua primeira biografia autorizada, que deve ser publicada no início do outono na Itália. Utilizando uma frase de Steve Jobs, o ex-premier afirmou que iria "contar sua história e o jornalista escreveria o que quisesse com ela".

 

Quem foi incumbido da missão foi o norte-americano Alan Friedman. Segundo o jornalista, a publicação "não contará a história de um santo, mas de uma vida extraordinária para o bem e para o mal".

 

Há ainda a promessa de que Berlusconi dará sua versão dos inúmeros processos e escândalos em que se envolveu durante sua vida e detalhes da sua trajetória de magnata da mídia italiana e dono do time de futebol do Milan. De acordo com Friedman, foram mais de 100 horas de entrevista em que todos os assuntos relevantes foram questionados.

 

Até hoje, dezenas de livros contando a trajetória política – e judicial – do ex-primeiro-ministro foram lançados, mas nenhum de maneira oficial. Vários deles também relatam os motivos do fim do relacionamento de Berlusconi com diversas mulheres.

 

Um filme chamado de "Silvio Forever", considerado uma biografia não autorizada, foi lançado em 2011 pelos escritores Sergio Rizzo e Gian Antonio Stella.

 

Escândalos

 

Além de ser conhecido por atuar na política italiana, Berlusconi coleciona polêmicas na Justiça. Réu em uma série de processos, o ex-premier teve seu mandato de senador cassado por causa de um deles e não pode ser eleito para nenhum cargo político até 2019.

 

Entre os mais famosos, estão os casos "Mediaset", em que teve que cumprir 10 meses de serviço voluntário em um asilo de Milão por fraude fiscal, e o "Ruby", que envolve a prostituição de menores e abuso de poder. Além disso, diversas ações tentam comprovar a ligação dele com grupos mafiosos.

 

O caso "Ruby", batizado com o apelido da modelo marroquina Karima el Mahroug, foi causado pela revelação das famosas festas na mansão Arcore, em Milão, que ficaram mundialmente conhecidas como "Bunga-Bunga". Apesar de dizer que os encontros não passavam de jantares, Berlusconi foi acusado de contratar prostitutas para os "eventos", que se transformavam em orgias.

 

A Justiça italiana, após condená-lo a sete anos de prisão em primeira instância, o absolveu porque não ficou comprovado que o político sabia da idade das participantes das festas.

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