A Itália não construirá usinas nucleares de quarta geração financiadas pelo governo para auxiliar na transição verde, mas não impedirá distritos industriais locais e empresas de energia que desejem fazê-lo.
A informação foi dada pelo ministro do Meio Ambiente do país, Gilberto Pichetto, em uma entrevista ao jornal La Repubblica.
Se os distritos e empresas decidirem construir as usinas, o governo atuará como regulador, segundo ele. “Nunca construiremos novas usinas nucleares na Itália.
Possivelmente serão os distritos industriais ou empresas individuais de energia que se equiparão com reatores de quarta geração menores. O Estado será apenas um regulador”, explicou.
A Itália saiu do setor de energia nuclear após um referendo de 1987, na sequência do desastre de Chernobyl. Ambientalistas e ativistas climáticos são cautelosamente favoráveis ao papel das usinas de nova geração na transição para o abandono dos combustíveis fósseis, já que a energia nuclear produz baixa emissão de gases do efeito estufa, apesar dos potenciais riscos em caso de vazamentos.
Em setembro, o ministro já havia descartado a hipótese de o país construir usinas nucleares de grande porte. A tendência, segundo ele, é dar preferência a “tecnologias inovadoras” e plantas menores.
