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Solidariedade de pescadores salva 47 pessoas em Lampedusa

Um grupo de pescadores de Lampedusa deu de cara com o drama de centenas de imigrantes que estavam na embarcação que naufragou, e graças à sua solidariedade, 47 pessoas foram salvas.

A cena descrita por eles é apocalíptica: centenas de mãos se movendo no mar e cabeças que sobressaiam na água, afundavam e voltavam a aparecer, enquanto gritavam por ajuda. O barco de Vito Fiorino, um velho pesqueiro de 15 metros remodelado para passeios turísticos, foi o primeiro e chegar na cena da tragédia. "Às 5h30 acordamos, tínhamos dormido no barco.

Meu companheiro disse 'Estão escutando gritos?'. Brincamos que eram gaivotas. Nos colocamos em movimento e demos de cara com o acidente", conta Grazia Migliosini, dona de uma loja na cidade.

Os oito tripulantes da embarcação começaram então a pegar os imigrantes pelos braços para tirá-los da água. "Eles falavam em inglês. Pediam para salvarmos as crianças. Ficamos ali três horas. Tratamos de lhes dar roupas secas, alguns se envergonhavam, nos davam a mão, agradeciam. Chorei, chorei muito, talvez pelo sentimento de impotência ao ver todas essas pessoas e compreender que só poderíamos salvar algumas", explicou.

Já Francisco Colapinto estava voltando de uma pescaria e viu com um binóculo as chamas do barco dos africanos. "Advertimos imediatamente a Capitania dos Portos e logo chegamos ao local do naufrágio, onde começamos a puxar as pessoas para o barco. Salvamos 18", completa Domenico Colapinto, tio de Francisco.

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