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Navio recebe armas químicas sírias em porto italiano

Foram iniciadas as operações de carregamento do navio Cape Ray com o último lote de armas químicas entregues pelo regime da Síria.

O processo ocorre no porto de Gioia Tauro, na Itália.

A embarcação Ark Futura, que retirou as armas químicas na semana passada da Síria, chegou hoje ao porto italiano para transferir a carga ao Cape Ray, que destruirá os compostos químicos em águas internacionais através de um processo de neutralização.

De acordo com fontes locais, são cerca de 800 toneladas de agentes químicos, das quais 600 serão colocadas no navio Cape Ray.

Ao todo, são 78 contâiners, sendo três de iperita (também conhecida como gás mostarda) e 75 de componentes para fabricação de sarin. Com o auxílio de uma empilhadeira, os três primeiros contâiners carregados continham iperita e pesavam cerca de 20 toneladas. Em seguida, foram embarcados os componentes do sarin, em uma velocidade de 7 contâiners por hora.

A operação de carregamento foi inspecionada por membros da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) . Quatro representantes da entidade irão acompanhar a neutralização dos agentes químicos dentro do navio Cape Ray.

O ministro do Meio Ambiente e da Tutela ao Território e ao Mar da Itália, Gian Luca Galletti, disse estar "orgulhoso" da contribuição do país para a segurança internacional, e destacou a "transparência do processo" de destruição das armas químicas.

Em uma coletiva de imprensa, Galetti também afirmou que a escolha do porto de Gioia Tauro "foi uma decisão certa", tendo em vista o "profissionalismo e a tecnologia avançada que a Itália possui".

Por outro lado, ambientalistas e políticos italianos estão protestando contra a operação, alegando que ela coloca em risco os recursos naturais de Gioia Tauro e aumenta a incidência de tumores na região, devido à exposição a agentes químicos. A Opaq anunciou no dia 23 que a Síria entregara o último carregamento de armas químicas declarado no país. A operação se completa nove meses após o início da missão de destruir o arsenal sírio. As últimas armas químicas correspondem a 8% do arsenal total.

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