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Veneza continua inundada

As praças e as ruas da cidade de Veneza continuavam nesta terça-feira (02/12) inundadas por causa das marés que fizeram suas águas subirem a 102 centímetros, nada comparado com o recorde marcado na véspera, de 156 centímetros.

Segundo o Centro de Previsão de Marés, está previsto um nível máximo de 115 cm, mas o fenômeno da "acqua alta" se deteve nos 102 cm.

Veneza sofreu sua pior enchente em 22 anos na segunda-feira, quando grande parte da histórica cidade renascentista ficou 1,56 abaixo do nível da água.

O Centro de Previsão de Marés emitiu um alerta contra o fenômeno da "aqua alta" e previu inicialmente que o mar chegaria a seu nível máximo, 1,60 metro acima da linha normal, o que representaria um recorde em 30 anos.

Apesar de as águas estarem recuando, os deslocamentos pelo centro histórico da cidade continuam extremamente difíceis.

As autoridades alertaram turistas e moradores sobre a inundação e recomendaram que todos permancessem em seus hotéis e casas.

"É uma 'aqua alta' excepcional, e a menos que seja absolutamente necessário, não saiam na rua", advertiu o prefeito, Massimo Cacciari, em um comunicado.

Especialistas explicam que a "aqua alta" desta segunda-feira foi causada por uma combinação de ventos altos persistentes do sul e fortes chuvas e neve no norte da Itália nos últimos dias.

Veneza foi inundada 50 vezes entre 1993 e 2002.

A mais grave "aqua alta" de Veneza ocorreu em 4 de novembro de 1966, quando o nível do mar subiu 1,94 metro, em um momento no qual a Itália enfrentava inundações catastróficas.

O nível do mar em Veneza chegou a 1,58 metro em fevereiro de 1986; a última vez que superou 1,60 metro foi em dezembro de 1979 (1,66 m).

Há séculos, Veneza combate a ameaça do aumento do nível do mar. Em março, as autoridades locais confirmaram que projetos estavam sendo estudados para aumentar a altura dos prédios da cidade.

Auxiliada por um batalhão de engenheiros, a Prefeitura lançou a operação "Rialto", que pretende instalar suportes sustentados por um sistema de pistões na base de cada estrutura para elevar as construções em cerca de um metro de altura.

Segundo os cálculos da operação, se cada prédio for erguido 8 centímetros por dia, poderá ficar um metro mais alto dentro de um mês.

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