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Itália diz que não foi feita nenhuma “reivindicação” para soltura de italiano sequestrado no Sudão

O ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, disse que não foi feita nenhuma "reivindicação" para a soltura do cidadão italiano que foi sequestrado no Sudão. 

De acordo com o chanceler, "não chegou nenhuma reivindicação", o que leva a crer que se trata de um sequestro "inesperado". 

Frattini também informou que o serviço de inteligência da Itália "está trabalhando" e que parte da equipe foi "destacada" ao Sudão e "colocada em contato" com as autoridades locais. 

Segundo o diplomata, há diversas pistas sobre o paradeiro do italiano Francesco Azzarà, mas o "essencial" é "evitar hipóteses" que possam colocar em risco as negociações e as investigações. 

Francesco Azzarà, agente da ONG Emergency, foi sequestrado em Nyala, no sul de Darfur, região do oeste do Sudão, por um grupo de homens armados. 

A ONG e a Unidade de Crise da diplomacia italiana informaram a família de Francesco Azzarà sobre o sequestro e pedem o silêncio da imprensa para facilitar a liberação do italiano. 

O fundador da Emergency, Gino Strada, relatou à ANSA que Azzarà "estava no carro com mais dois colegas. Ele era o único estrangeiro. O carro foi cercado por pessoas armadas que o obrigaram a descer". 

Segundo ele, "até agora não tivemos nenhum contato com os sequestradores". 

"Não esperávamos [por isso]. Estamos tentando entender o porquê deste fato, mas não existe um motivo racional", afirmou Strada, que está em Cartum, capital sudanesa. 

A região de Darfur, uma das mais pobre do Sudão, vive um conflito armado desde 2003, quando opositores ao governo árabe se insurgiram contra o poder acusando-o de negligência e repressão contra a população negra da região. 

Em 2009, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que o conflito havia chegado ao fim e que as ocorrências de violência haviam diminuído. O conflito levou o país à divisão, apoiada por um referendo neste ano, que criou o Sudão do Sul. 

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