
A Corte de Apelação de Roma adiou pela terceira vez, a decisão sobre a extradição da ex-deputada ítalo-brasileira Carla Zambelli.
A nova audiência para a Justiça italiana deliberar sobre o caso está agendada para 20 de janeiro.
O adiamento atende a um pedido da defesa de Zambelli, que solicitou mais tempo para analisar os documentos enviados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que teriam sido recebidos por seus advogados apenas em 17 de dezembro.
O material do STF revela detalhes sobre as condições da Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF), conhecida como Colmeia, onde a ex-parlamentar cumprirá pena caso a Itália decida por sua extradição. No início do mês, os magistrados de Roma solicitaram ao STF um parecer com o intuito de esclarecer dúvidas sobre o sistema penitenciário brasileiro, incluindo o local onde Zambelli ficará em reclusão.
Quanto aos outros dois adiamentos, o primeiro ocorreu no final de novembro, quando a defesa aderiu a uma greve geral de advogados em Roma. Já no segundo, no início de dezembro, os defensores apresentaram novos documentos à corte.
Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão por invadir o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na Europa, ela já passou por três audiências de custódia e teve recursos negados pelas autoridades italianas. Além disso, a Corte de Apelação de Roma respondeu negativamente a uma solicitação de liberdade provisória ou prisão domiciliar, pois os magistrados consideraram que existem “fortes indícios de risco de fuga”.
A ex-parlamentar renunciou ao mandato de deputada no último fim de semana e foi substituída pelo suplente Adilson Barroso (PL-SP).



