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Agência de Remédios da Itália suspende uso da hidroxicloroquina contra Covid-19

Droga só poderá ser usada no âmbito de testes clínicos

A Agência Italiana de Remédios (Aifa) suspendeu a autorização do uso da hidroxicloroquina no tratamento de pacientes que contraíram o novo coronavírus (SarsCoV-2).

A droga só poderá ser usada no âmbito de estudos clínicos conduzidos em hospitais ou em domicílio.

Segundo a Aifa, a medida foi tomada por conta das novas evidências clínicas sobre a utilização da hidroxicloroquina, incluindo um aumento do risco de reações adversas ante “benefícios escassos ou ausentes”, e que os medicamentos experimentais indicados são monitorados constantemente.

“Em particular, a hidroxicloroquina, como há falta de indicação terapêutica específica para a Covid-19, foi tornada disponível [para tratamento] levando em conta evidências científicas preliminares em pacientes Covid-19 e perante um perfil de toxicidade que parecia consolidado no usos clínicos já autorizados para o tratamento crônico das doenças reumáticas. A posição da Agência foi portanto aquela de testar o uso, com dosagem e tempo indicado nos protocolos, no contexto de uma acurada avaliação da relação risco/benefícios nos casos”, diz a nota oficial.

A Agência ainda reforçou que nunca recomendou o uso da hidroxicloroquina como forma de prevenir a Covid-19 e que o medicamento deve continuar sendo usado normalmente em pacientes que já usam a droga para curar doenças reumáticas. A nota ainda destaca que até o momento não foi registrado no país “um aumento no risco de reações adversas ” nos pacientes que usaram o remédio.

O anúncio vem poucas horas depois de uma decisão similar tomada pela França.

Ambas têm como base um estudo divulgado na revista científica “The Lancet”, com 96 mil pacientes, que mostrou que o uso da hidroxicloroquina e da cloroquina, além de não ajudar na cura da doença, aumentava o risco de morte e de arritmias cardíacas graves.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou a suspensão temporária dos testes clínicos com a droga até uma análise mais ampla sobre a segurança do medicamento.

Ressaltando que a suspensão se aplicava apenas nos casos da Covid-19, a OMS ressalta que a droga é segura nos tratamentos em que já é usada – como no caso da lúpus e da malária.

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