Notícias

Ameaça de greve no “calcio” recebe revide do ministro Roberto Calderoli

"Se os jogadores italianos continuarem com a ameaça de entrar em greve, o governo deveria dobrar a chamada 'taxa solidária'", disse Roberto Calderoli, ministro para a Simplificação Legislativa. "Os jogadores agem caprichosamente. Eu não sei se é justo ou não a taxa de solidariedade, mas sei que se alguém tem que pagá-la esses são os jogadores de futebol, que representam a casta do consentimento", acrescentou o ministro.

Essa "contribuição", anunciada recentemente pelo premier Silvio Berlusconi, faz parte do severo plano de ajuste econômico para equilibrar as contas da Itália e prevê um "aumento solidário" de até 5% para as rendas acima de € 90 mil e de 10% para as que superarem os € 150 mil.

A Associação Italiana de Jogadores de Futebol (AIC, de sua sigla em italiano) anunciou na semana passada que paralisará o início do campeonato, agendado para o próximo dia 27 próximo, se os clubes não assinarem primeiro o novo acordo coletivo de trabalho, acertado pelas partes. Berlusconi é proprietário do Milan, atual campeão do calcio.

"Neste momento de crise não podemos nos permitir 132 equipes profissionais, quando na Inglaterra são 60 e na Espanha, França e Alemanha menos de 50. Além disso, o salário médio na Série A (1ª divisão), que é de € 1,3 milhão por ano, excede o limite da decência", disse por sua vez Carlo Tavecchio, vice-presidente vicário da FIGC, a Federação Italiana de Futebol.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios