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Após sete anos, Itália absolve ativistas que salvavam migrantes no mar

A Justiça da Itália absolveu 10 ativistas que eram acusados havia sete anos de favorecimento à imigração ilegal.

Os réus trabalhavam para as ONGs Jugend Rettet, Save The Children e Médicos Sem Fronteiras (MSF) em operações de resgate de migrantes no Mar Mediterrâneo.

Os ativistas eram acusados pelo Ministério Público de Trapani, na Sicília, de fazer acordos com coiotes para o tráfico de migrantes e de usar navios humanitários como “táxis” para estrangeiros sem permissão para entrar na Itália.

No entanto, após uma investigação que custou cerca de 3 milhões de euros (R$ 16,7 milhões), o juiz Samuele Corso decidiu absolver os réus porque não foram encontrados indícios de crimes, sentença recebida por aplausos de ativistas que acompanhavam o julgamento.

“Essa decisão reconhece a verdade sobre nosso trabalho e empenho humanitário para salvar vidas no mar”, disse Daniela Fatarella, diretorageral da Save The Children na Itália.

“Caiu o castelo de acusações infundadas que deliberadamente enlameou a credibilidade dos navios humanitários para afastá-los do Mediterrâneo e interromper seu trabalho de socorro”, reforçou Christos Christou, presidente internacional de Médicos Sem Fronteiras.

A ONG Jugend Rettet, por exemplo, teve o navio apreendido em 2017 e não voltou mais ao mar após a investigação, que serviu de combustível para a retórica anti-imigração de forças de extrema direita na Itália.

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