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Ativistas na Itália jogam esterco em Picasso por defesa animal

Cinco ativistas pelos direitos dos animais atacaram com esterco a obra “Femme couchée lisant” (“Mulher lendo deitada”), de Pablo Picasso, exposta no Palazzo Te, em Mântua, norte da Itália.

As duas mulheres e os três homens do movimento Ribellione Animale, que entraram no museu como visitantes, escolheram o penúltimo dia da mostra dedicada ao artista espanhol para realizar o protesto.

O esterco arremessado contra a principal pintura de Picasso na exposição – protegida por um vidro – estava escondido dentro das mochilas dos manifestantes.

Segundo a polícia, os envolvidos são jovens residentes em províncias próximas a Mântua e arredores. Eles foram denunciados em liberdade por desfiguração e utilização ilícita de bens culturais e manifestação não autorizada.

Nas redes sociais, os ativistas explicaram que o objetivo do protesto com o quadro de Picasso foi “denunciar a presença da empresa agropecuária Levoni entre os membros da Fundação Palazzo Te, no município de Mântua, seu fundador e promotor”.

Os manifestantes também estenderam, dentro e fora do museu, uma faixa com as palavras “Levoni fora da cultura”, acusando a conhecida marca mantuana que processa carne suína de “matar milhares de porcos por semana por mero lucro”.

Na página oficial de Ribellione Animale, o grupo se define como um “movimento de massa que utiliza a desobediência civil não violenta para fazer uma transição para um sistema alimentar justo e sustentável baseado em plantas”, de modo a impedir “o colapso climático e garantir justiça para os animais”.

O prefeito da cidade, Mattia Palazzi, lamentou o ocorrido.

“Com gestos assim, esses jovens perdem a razão do protesto e obtêm exatamente o resultado oposto ao que esperam. Então é apenas um gesto ignorante feito em prol de um bem comum, a arte”, disse.

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