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Autópsia indica que travesti brasileiro morreu por asfixia em Roma

A autópsia confirmou que o travesti brasileiro Brenda, que vivia na Itália, morreu por asfixia ao inalar fumaça em seu apartamento, que pegou fogo.

 

O corpo do travesti foi encontrado carbonizado na madrugada desta última sexta-feira em Roma. Não foram identificados sinais de lesões físicas, segundo a autópsia.

 

O caso é investigado pelo Judiciário de Roma, que trabalha com a hipótese de homicídio. Brenda é um dos travestis que estão no centro de um escândalo sexual que custou a renúncia do governador da região de Lazio, Piero Marrazzo.

 

A polêmica veio à tona em outubro, após a detenção de quatro policiais que tentavam extorquir o político, pedindo 80 mil euros em troca de um vídeo no qual ele havia sido flagrado com travestis.

 

Outro travesti que conhecia Brenda, identificado como China, relatou que o brasileiro bebia muito e tomava remédios para dormir. "É por isso que penso em um incidente, e não que tenha sido morta", disse.

 

Em declarações reproduzidas pelo jornal Corriere della Sera, que cita fontes próximas de Marrazzo, o governador teria lamentado a morte do travesti e revelado que se sente culpado.

 

"É culpa minha, é culpa minha. Depois de terem me destruído, também a fizeram morrer. Não é possível, não é justo, não devia ser assim", afirmou o político, segundo as declarações atribuídas a ele.

 

"Perdoem-me pelo mal que fiz a todos. Não queria. Eu errei, cometi muitos erros, mas as coisas não tinham que terminar assim", prosseguiu Marrazzo, que desde a renúncia, no dia 27 do mês passado, faz um retiro espiritual.

 

O governador também teria dito que acredita na hipótese de que a morte de Brenda seja parte de um complô. No entanto, seu advogado, Luca Petrucci, assegurou que todas as declarações são falsas "da primeira à última linha".

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