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Autoridades italianas prestaram homenagens aos juízes Falcone e Borsellino, mortos pela máfia

Autoridades italianas prestaram homenagens aos juízes Paolo Borsellino e Giovanni Falcone, vítimas da máfia Cosa Nostra em 1992.

A data marca os 31 anos do atentado que matou Borsellino e mais cinco pessoas em Palermo, na Sicília, através de um carro com explosivos posicionado em frente à casa de sua mãe. Falcone também foi assassinado pela máfia dois meses antes.

“O esforço antimáfia nunca vai acabar, porque a luta é parte de todos nós, parte fundamental de nossa identidade, é a questão moral que orienta nossa ação cotidiana”, disse a primeira-ministra Giorgia Meloni em carta publicada pelo jornal Corriere della Sera.

Ela também se justificou por não participar da tradicional procissão em homenagem às vítimas que acontece todos os anos em Palermo.

“É repugnante a tentativa de alguns de instrumentalizar minha impossibilidade, por causa de outros compromissos, de participar da procissão, a que sempre compareci orgulhosamente”, disse.

Ela participou, no entanto, de outras homenagens: passou pelo jazigo da família Borsellino e se reuniu com o filho do juiz, o policial Manfredi Borsellino.

O presidente da Itália, Sergio Mattarella, também divulgou um comunicado em homenagem ao magistrado antimáfia. “A República se inclina em reverência à memória de Paolo Borsellino, juiz de extraordinário valor e coragem, e dos agentes de sua segurança, que morreram com ele no serviço às instituições democráticas”, escreveu.

O Partido Democrático (PD), de oposição, também divulgou uma nota. “Estaremos sempre ao lado de quem pede verdade e justiça”, disse o texto, assinado por Sandro Ruotulo, secretário de Informação, Cultura e Memória da sigla.

Já o líder do governista Irmãos da Itália (FdI) na Câmara, Tommaso Foti, declarou que é preciso “continuar falando da máfia e das novas máfias, de como se transformaram, para que os jovens saibam que o risco não desapareceu”.

Diversos integrantes do primeiro escalão do governo Meloni fizeram homenagens aos juízes, como a ministra das Reformas Institucionais, Maria Casellati; o das Empresas, Adolfo Urso; o de Relações com o Parlamento, Luca Ciriani; das Relações Exteriores, Antonio Tajani; e da Agricultura, Francesco Lollobrigida.

“Sua coragem e esforço são um farol na luta contra a criminalidade”, escreveu, no Twitter, o chefe da pasta da Defesa, Guido Crosetto.

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