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CASO CESARE BATTISTI: Massimo D’Alema afirma que recurso no Tribunal de Haia não terá efeito

O ex-premier italiano Massimo D'Alema (1998-2000), do Partido Democrático (PD), da oposição, alertou para que um recurso do governo italiano no Tribunal Internacional de Justiça, em Haia, contra a libertação de Cesare Battisti pode não ter efeito concreto.

Ele disse que "o governo querer fazer um recurso à Corte de Haia é algo certamente justo", mas não sabe se uma decisão a favor da extradição por parte do tribunal pode "ter efeitos concretos", uma vez que "as sentenças do tribunal internacional têm um valor puramente de princípio", sem "executividade".

D'Alema condenou a não-extradição do ex-militante do grupo de extrema esquerda Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) decidida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira da semana passada, classificando a libertação como "um caso muito grave" e "muito doloroso".

"Foi feito um erro muito grave por parte das autoridades brasileiras, talvez o governo italiano não tenha acompanhado este caso com eficácia que seria necessária", opinou o político, que atualmente preside o Comitê Parlamentar para a Segurança da República.

O prefeito de Bologna, Virginio Merola, também do PD, foi outro político italiano a comentar e condenar hoje a decisão do STF, afirmando que " é preciso protestar com firmeza e indignação contra a sentença" do Supremo.

"É preciso continuar a trabalhar no âmbito diplomático e no campo da opinião pública", defendeu.

Ele recordou, durante um evento sobre arquivos de massacres, que enquanto a magistratura italiana condenou-lhe a prisão perétua por assassinato, as "autoridades brasileiras se apressam em reconheçê-lo" e conceder-lhe "visto especial permanente na qualidade de escritor".

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