Catolicismo Romano

Desabafo de um filósofo católico sobre protestantes neopentecostais

É constatável e factível que travar embates com protestantes neopentecostais é demasiadamente irritante, enfadonho, desgastante, cansativo e estéril. A imensa maioria se comporta como os fariseus de outrora e doutores da lei. Colocam a “bíblia mutilada” embaixo do braço e apontam os que irão para o céu ou para o inferno, fazendo assim, uma interpretação muito rasa e pessoal da sagrada escritura. De sorte que ao dizerem: quem será salvo ou não – prerrogativa personalíssima de Deus – eles ocupam e querem usurpar o lugar do Altíssimo, querendo se apoderar do trono do Juiz Supremo. Por certo que o Pai Celestial não vê com bons olhos quem se “ab roga” na esfera exclusiva D’Ele, e ainda na pequenez de humanos que querem de maneira inconveniente, distorcida e soberba emitir de maneira categórica o juízo das almas. Ora, é prerrogativa única do Criador dizer quem vai para o céu e quem não vai, e mais, apontam seus atrevidos dedos acusadores e infames para os católicos lançando mão de toda a sorte de calúnias, injúrias e difamações, tanto históricas, filosóficas e teológicas de algo que não passa muito longe da verdade e da lógica, principalmente alcunhado com máxima aleivosia de que os católicos são “idólatras”. Os católicos nunca disseram que Nossa Senhora, São José, Santo Antônio e todos os santos em geral são Deus; os Santos e Nossa Senhora, a Virgem Maria Mãe de Deus são venerados, diferentemente de adorados, tratando-se de um gravíssimo erro ou por falta de de conhecimento conceitual e filológico ou por má fé proferir tais desvios. Os católicos adoram somente a Deus Uni e Trino, Consubstancial e Indivisível, Três pessoas distintas e um só Deus, e veneramos sim os Santos, como os antigos hebreus veneravam a Abraão, patriarca do monoteísmo. É uma questão de conceituação, mas o que esperar de pessoas que não tem exegese  repletas de muitas vezes de um espírito que se passa por evangélico e navega nos mares do equivoco? Não adianta argumentar com certos tipos ignorantes se eles já estão pré-dispostos a não acreditar naquilo, pois já estão fanatizados e desvirtuados por muitos espertalhões dos pastores que levam as pessoas ao êxtase,  puramente delírio, histeria coletiva, a uma descarga de endorfina e ficam viciadas a um “pseudo” alívio.

(Moscardini de Carvalho – Filósofo, escritor e jornalista. Colaborador da Rádio Italiana e do portal Catolicismo Romano)

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