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Documentário “Le Mamme di San Vito” retrata voluntárias italianas que ajudam crianças carentes

A história de um povo que emigrou para o Brasil e que, com a tradicional cozinha da Puglia, há anos ajuda milhares de crianças. Esta é a história contada no filme-documentário de Gianni Torres, rodado em São Paulo, que logo estará no mercado.

O filme intitulado "Le mamme di San Vito" conta a particularidade de uma comunidade italiana que emigrou para o Brasil em fins do século XIX e que, com a típica cozinha pugliese, ajuda há anos milhares de crianças.

Uma ferramenta extraordinária de fund raising (uma palavra que não é um simples ato de angariar fundos, posto que 'to raise' tem o significado de crescer, cultivar, surgir, ou seja, levantar os fundos necessários para apoiar uma ação sem fins lucrativos) que leva esta comunidade a ser amada e frequentada por centenas de milhares de brasileiros em São Paulo, no bairro do Brás, onde desde 1918 acontece a Festa de San Vito (de maio a julho).

Nesta festa tipicamente italiana, as "mães de San Vito" preparam e vendem cerca de 4 mil pratos de 'orecchiette', 3 mil de espaguetes 'al sugo', 2 mil 'panzerotti', milhares de 'involtini di fegato' e doces típicos da Puglia.

As Mães de San Vito são mulheres de origem italiana entre 75 e 95 anos que trabalham gratuitamente de terça-feira a domingo para manter e cuidar de 120 crianças por ano, todos acolhidas no Asilo de São Vito, gerenciado pela Associação Beneficente San Vito Martire, integrado por essas "mamme".

Até hoje, com a venda dos produtos típicos, foram tratadas e alimentadas mais de 18 mil crianças, sem distinção de origem, raça ou credo.

A imprensa brasileira abre os telejornais com a notícia do início da Festa de São Vito, envia correspondentes e se multiplicam as imagens ao vivo em todos os canais.

O filme do cineasta pugliese será apresentado em pré-estreia mundial em 14 de maio próximo (um dia antes da abertura da Festa de São Vito em São Paulo) no Edifício Itália (o primeiro arranha-céus símbolo da cidade paulistana), com o apoio do Instituto Italiano de Cultura de São Paulo, a colaboração de numerosas associações ítalo-brasileiras e a participação de autoridades locais e italianas.

As músicas originais da trilha sonora do filme foram compostas e executadas por Vincenzo Abbracciante, pugliese de 29 anos, um dos maiores talentos do acordeão, músico respeitado por artistas do calibre de Marc Ribot e Richard Galliano. (ANSA)

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