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Em Assis, Papa Francisco defende Igreja solidária após a tragédia de Lampedusa, no sul da Itália

O Papa Francisco defendeu, ao chegar em Assis (Umbria, centro da Itália), cidade do santo que inspirou a escolha de seu nome, uma igreja solidária com os deficientes e as pessoas marginalizadas, um dia depois da morte de centenas de imigrantes em Lampedusa.

"Hoje é um dia de lágrimas", disse o Papa sobre o naufrágio, que deixou centenas de mortos e diversos desaparecidos.

"Ao mundo não importa se as pessoas devem fugir da escravidão, da fome, buscando a liberdade", lamentou o pontífice na cidade de São Francisco de Assis.

Francisco pediu aos católicos que se inspirem no modelo de São Francisco, que abriu mão de todos os bens e viveu na pobreza.

O Papa argentino condenou também o "espírito mundano", que chamou de "lepra, câncer da sociedade, que mata a Igreja".

"O cristianismo sem a cruz, sem Jesus, é como uma padaria, um lindo bolo", completou.

A visita de 10 horas, de grande valor simbólico, permitirá ao Papa desenvolver suas ideias sobre o desejo de construir uma igreja simples.

Na primeira visita do dia, ao Instituto Católico de Atendimento aos Deficientes Físicos e Menatis Serafico, ao pé do monte Subiaco, o papa saudou 80 pacientes, um a um, com palavras e gestos de carinho.

Neste dia de luto na Itália após a tragédia com os imigrantes africanos em Lampedusa, o sumo pontífice pediu aos cristãos que reconheçam as feridas de Jesus em toda pessoa que é 'a carne de Cristo'.

Francisco também está propondo mudanças na Cúria romana, governo do estado do Vaticano. Nesta semana, o Papa disse que a Cúria é ‘vaticanocêntrica’ e se reuniu com oito cardeais escolhidos por ele para estudar mudanças no governo do estado do Vaticano e aproximar a igreja dos fieis.

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