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Empresário italiano Luigi Bisignani é preso por pertencer a “associação secreta” ilegal

Luigi Bisignani, ex-membro da P2 já condenado pelo principal caso de corrupção da Operação Mãos Limpas na década de 90, foi novamente preso sob acusação de pertencer a outra estrutura secreta ilegal, a P4.

Segundo o Ministério Público de Nápoles, responsável pela investigação, tratava-se de uma associação secreta, cujos membros tinham contatos com os mais altos escalões do mundo da política, da administração pública e empresarial.

Estes contatos, por sua vez, conseguiam informações importantes e confidenciais, que eram usadas para pressionar ou chantagear, com o objetivo de obter vantagens pessoais para seus integrantes.

Enquanto Bisignani foi colocado sob prisão domiciliar pelo juiz de investigações preliminares (GIP) Luigi Giordano, o próprio magistrado também pediu a prisão de Alfonso Papa, um ex-juiz e atual deputado do Povo da Liberdade (PDL), o partido do premier Silvio Berlusconi.

A decisão do GIP foi enviada à Câmara dos Deputados, que examinará o pedido de prisão para decidir se suspende ou não a imunidade parlamentar de que goza Alfonso.

A terceira pessoa atingida por um mandado de prisão não é tão conhecida. Trata-se de um suboficial da polícia, Enrico Giuseppe La Monica, que segundo os investigadores desempenhava um papel-chave na organização secreta.

La Monica, de acordo com os procuradores de Nápoles, era quem coletava informações sigilosas de investigações criminais, com base nas quais era então possível proceder à chantagem, que ficava a cargo de Bisignani e de Papa.

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