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Energia puxa maior inflação na Itália em nove anos

A inflação na Itália em outubro atingiu o maior valor em nove anos, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat).

Segundo o órgão, o Índice Nacional de Preços de Consumo para a Coletividade (NIC) cresceu 0,7% em outubro na comparação com o mês anterior e 3% em um ano, maior índice desde setembro de 2012, quando estava em 3,2%.

A disparada da inflação na Itália é puxada sobretudo pelos preços de energia, que subiram 24,9% em outubro na comparação anual. “Os bens energéticos continuam como protagonistas, explicando boa parte da aceleração”, diz o Istat.

A inflação acumulada de 2021 é de 1,8%. “Uma inflação maior pode subtrair, em dois anos, 9,5 bilhões de euros em consumo: cerca de 4 bilhões neste ano e 5,5 bilhões em 2022”, advertiu a presidente da associação comercial Confesercenti, Patrizia De Luise.

A alta no custo da energia já fez o governo de Mario Draghi aprovar um decreto de 3,5 bilhões de euros para segurar os preços.

A medida reduziu para 5% até dezembro o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) para usuários de gás natural (a alíquota variava entre 10% para famílias e 22% para empresas) e zerou as onerações do sistema.

Além disso, congelou os aumentos nas contas de energia elétrica e gás de 3 milhões e 2,5 milhões de famílias de baixa renda, respectivamente, e zerou até dezembro as onerações no sistema elétrico para 6 milhões de pequenas empresas e cerca de 29 milhões de clientes domésticos.

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