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Estrangeiros na Itália enfrentam dificuldades com as despesas de moradia, devido a crise econômica

O contexto econômico atual produz um aumento considerável de pessoas em sérias dificuldades em arcar com as despesas da moradia, ou em risco de perdê-la. A casa, que é essencial para ter uma vida digna, se torna na Itália um bem cada vez mais inacessível.

Os dados do Banco da Itália mostram que, incluídas nos 13% das famílias que no país tem acesso a um empréstimo para a compra de sua primeira casa, uma em cada cinco não consegue pagar as parcelas regularmente, motivo pelo qual o número de execuções de hipotecas cresceu exponencialmente: 1.592% em Milão, 930% em Turim e 728% em Roma nos últimos três anos, enquanto continua a aumentar o número de famílias em que o sistema bancário não permite o acesso a empréstimos.

Do outro lado do mercado imobiliário, aquele dos alugueis, o quadro não é animador já que, nos últimos anos, as taxas de locação continuam a subir e, com elas, o número de ações de liberação forçada do imóvel emitidas e executadas.

"A integração é um conceito abrangente, disse Franco Pittau, coordenador do Dossiê Estatístico da Imigração, do qual nem sempre se vê o alcance, principalmente quando se trata de integração habitacional, e alimenta entre os italianos clichês e contradições".

"Em primeiro lugar, é preciso considerar que, proporcionalmente, há quatro vezes mais italianos proprietários de uma casa do que imigrantes, e que são aceitos mais facilmente em um contrato de aluguel. É claro que os imigrantes também participam da atribuição de moradias populares ou solicitam, quando previstos, outros benefícios a seu favor. Não é fundamentado considerar que para os italianos não sobra mais nada, porque tudo o que está disponível vai em benefício dos imigrantes: é um exagero que os dados não confirmam, nem mesmo nos municípios de maior concentração de estrangeiros. Baranzate é um exemplo: 1/4 da população é formada por imigrantes. É preciso escolher entre oportunidades iguais no acesso aos serviços sociais (esta é a base da integração) e deixar os imigrantes por último, depois que todos os italianos foram satisfeitos. Dito isso, seria oportuno que fosse feito mais em termos de habitação: todos sairiam ganhando, italianos e imigrantes".

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