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Fabio Botto Farhan: Mediterrâneo é o mais mortal dos mares para migrantes africanos

Desde 2006 que não se verificava um pico no número de mortos ou desaparecidos durante a tentativa de travessia do Mediterrâneo para se chegar às costas europeias.

Mais de 1500 pessoas, na maioria africanas, afogaram-se ou desapareceram durante a travessia. Os números são alarmantes, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur.

A agência recorda que as crises na Líbia e Tunísia provocaram o aumento no número de migrantes a tentar a travessia, levando ao número recorde de 58 mil em 2011.

De acordo com Sybella Wilkes, do Acnur, as histórias contadas pelos que sobreviveram à travessia são horríveis. Alguns foram forçados por guardas a entrar nos barcos, durante os auges da crises, entre Abril e Maio do ano passado.

A responsável do Acnur indicou que dos 56 mil migrantes chegados à Europa no ano passado, 28 mil eram da Tunísia. Malta recebeu cerca de 1600 pessoas e a Grécia pouco mais de mil.

Ainda de acordo com Sybella, eram quase todos migrantes, e não refugiados.

Desde o início deste ano que pelo menos três embarcações foram identificadas, com migrantes a bordo, a tentar chegar às costas europeias. Uma delas emborcou. A bordo estavam 55 somalis, 15 morreram, incluindo uma bebê.

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