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“Fé e violência são incompatíveis”, diz Papa Francisco no Ângelus

No Angelus deste domingo na Praça de São Pedro repleta de peregrinos, o Papa Francisco referiu-se às leituras deste XX Domingo do tempo Comum citando a Carta aos Hebreus e a necessidade e oportunidade que devemos colher, neste Ano da Fé, para termos o nosso olhar fixo em Jesus.

O Santo Padre afirmou que devemos compreender que o nosso sim a Deus vem da nossa relação com Jesus. É Ele o mediador desta relação entre nós e o nosso Pai que está nos Céus. Jesus é Filho e nós somos filhos Nele.

Contudo, a Palavra de Deus neste Domingo – continuou o Papa Francisco – apresenta-nos uma afirmação forte de Jesus que até pode gerar uma má compreensão da mensagem. O Senhor afirma aos seus discípulos que não veio trazer a paz na Terra mas a divisão. O que é que isto significa?

Jesus quer-nos dizer com esta afirmação quase paradoxal que a fé não é algo de decorativo. A fé obriga-nos a uma opção fundamental a escolher Deus como critério-base. Com Jesus o ser humano passou a conhecer Deus. E um Deus com rosto humano. Jesus trás a paz e a reconciliação mas não a qualquer preço. E seguir Jesus – continuou o Papa Francisco – implica renunciar ao mal, ao egoísmo e escolher o bem, a verdade, a justiça mesmo quando isso nos obriga a sacrifícios. E isto divide, mesmo as relações mais próximas. Mas, atenção não é Jesus que divide!

Desta forma, esta palavra do Evangelho não autoriza ao uso da força para difundir a fé. É precisamente o contrário: a verdadeira força do cristianismo é a força da verdade e do amor, que comporta renunciar a todo o tipo de violência. Fé e violência são incompatíveis!

O Santo Padre recordou ainda que alguns familiares de Jesus não o compreenderam e não o seguiram, mas Maria seguiu sempre o seu Filho e, graças a essa sua atitude de fé, alguns familiares passaram a fazer parte da primeira comunidade cristã.

Após a recitação das ave-marias o Papa Francisco saudou todos os presentes enviando uma mensagem especial para todos aqueles que sofrem recordando em particular as vítimas de um grande acidente nas Filipinas e as vítimas dos recentes acontecimentos no Egito, para tal invocando a proteção de Maria Rainha da Paz.

Nas despedidas finais saudou os jovens de Brembilla e de Altamura. A todos desejou um bom domingo e um bom almoço!

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