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Filho de vítima pede boicote da Itália à Copa de 2014 por libertação do italiano Cesare Battisti

O italiano Bruno Berardi, filho do marechal Rosário Berardi, assassinado em 1978 pelo grupo armado de extrema esquerda Brigadas Vermelhas, criticou a decisão do Superior Tribunal Federal (STF) de não extraditar e libertar o ex-ativista Cesare Battisti e pediu que, em represália, a Itália não participe da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil.

"O governo italiano deve retirar a participação da seleção italiana da Copa do Mundo de 2014 e de outros eventos semelhantes. A Itália também deve interromper relações comerciais com aquela nação", disse Berardi à imprensa italiana.

Em uma enquete realizada pela edição online do jornal italiano Corriere della Sera desta quinta-feira, um total de 80% dos internautas disse concordar com a proposta de Berardi de boicotar a Copa de 2014.

O secretário-geral do Sindicato dos Policiais Italianos, Franco Maccari, também pediu a interrupção da relação comercial entre os dois países.

"Deve ser interrompida imediatamente qualquer relação de natureza econômica com um país que não respeita as vítimas inocentes de um outro Estado, tornando-se, assim, cúmplice de um assassinato."

Em uma nota oficial, o presidente da Itália, Giorgio Naplitano, lamentou a decisão do STF.

"A sentença do Tribunal Supremo do Brasil assume um significado gravemente lesivo do respeito devido aos acordo assinados sobre o tema entre Itália e Brasil, e à luta contra o terrorismo conduzida pela Itália na defesa das liberdades e instituições democráticas, no rigoroso respeito das regras do Estado de direito."

"A decisão contrasta com as históricas relações de amizade e consanguinidade entre os dois países", disse na nota Napolitano, que foi um dos expoentes históricos do antigo Partido Comunista Italiano.

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