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Filósofo italiano Toni Negri, líder histórico da Autonomia Operaia, morre em Paris

O filósofo político e professor universitário Toni Negri, líder histórico do movimento de esquerda Autonomia Operaia, morreu em Paris, na França, aos 90 anos.

A informação foi confirmada à agência Ansa por Oreste Scalzone, ex-líder do Potere Operaio e ponto de referência na capital francesa para os exilados italianos durante o período chamado de “Anos de Chumbo”.

Natural de Pádua, Negri fundou a Autonomia Operaia em 1973 e foi seu líder e principal teórico até sua dissolução em 1979. Na época, o grupo foi um dos vários que emergiram do movimento estudantil e dos trabalhadores entre as décadas de 1960 e 1970.

O movimento teve um papel importante nos chamados “Anos de Chumbo” na Itália, período de turbulência social e muita violência política de esquerda e direita que decorreram entre 1960 e 1980.

O italiano foi eleito em 1983 deputado pelo Partido Radical com mais de 13 mil preferências, mas no mesmo ano se refugiou na França pelo seu envolvimento nos julgamentos de “7 de Abril” dos militantes da Autonomia Operaia.

Negri retornou à Itália em 1997 para cumprir uma pena de 12 anos de reclusão, mas foi liberado em 2003.

“Além de tudo, permanecerá a importância cultural e intelectual de Toni Negri, que espero que também seja lembrada pelos seus inimigos. Para mim é uma grande perda”, disse o filósofo Massimo Cacciari à agência Ansa.

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