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Geleiras do extremo-norte na Itália perdem metade da superfície em 22 anos

Um dado elevou a preocupação com o estado das geleiras do extremo-norte da Itália, que vêm sofrendo nas últimas décadas com o aumento das temperaturas em função da crise climática.

Segundo medição feita por especialistas da Universidade de Pádua e do Comitê Glaciológico Italiano, a superfície de gelo do glaciar da Marmolada chegou a 112 hectares em 2022, metade do valor registrado em 2000 e um quarto em relação a 1900.

O estudo ainda apontou que a superfície da geleira deve ficar abaixo de um quilômetro quadrado (100 hectares) nos próximos anos.

“Neste verão, as geleiras alpinas estão em forte fusão por causa da combinação entre nevascas frágeis nos últimos dois invernos e altas temperaturas de verão”, afirmou Mauro Valt, pesquisador da Agência Regional para Prevenção e Proteção Ambiental do Vêneto (Arpav), que também participou da medição.

Em julho de 2022, um desprendimento na Marmolada, uma das geleiras mais famosas e frequentadas do país, deixou 11 pessoas mortas.

Na semana passada, o Greenpeace e o Comitê Glaciológico Italiano alertaram que até 80% dos glaciares do país podem desaparecer até 2060 por conta da crise climática.

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