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Giuseppe Conte assegura que dinheiro europeu para a Itália será um “investimento” sério

Os fundos europeus que irão destinar à ajuda da retomada econômica na Itália após a pandemia da COVID-19 “não é um prêmio gordo”, e sim um “investimento” para a modernização do país, declarou à AFP nesta terça-feira o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte.

“É uma ocasião para projetar uma Itália melhor, para trabalhar em um projeto de investimento sério, completo, que fará um país mais moderno, mais verde, mais inclusivo de um ponto de vista mais social”, explicou Conte.

“Devemos estar preparados para gastar os fundos europeus da melhor forma possível. Frequentemente digo que não é um prêmio gordo para o governo em exercício, é um investimento que devemos fazer na Itália e na Europa, para nossos filhos e nossos netos”, acrescentou.

A Comissão Europeia propôs no final de maio um plano de estimulo financeiro pós-coronavírus de 750 bilhões de euros (cerca de 845 bilhões de dólares), divididos em 500 bilhões de euros (560 bilhões de dólares) em subsídios não reembolsáveis e 250 bilhões de euros(280 bilhões de dólares) em empréstimos.

A Itália, epicentro da pandemia na Europa (cerca de 34.500 mortos), deverá ser beneficiada com 172 bilhões de euros (194 bilhões de dólares) dessa quantia, em um momento no qual a sua economia, a terceira da zona do euro, está exaurida.

Para isso, o executivo italiano deve preparar um plano muito detalhado que será apresentado em Bruxelas no mês de setembro. As grandes prioridades já foram definidas pelo governo Conte, que abriu uma conferência excepcional sobre o assunto no sábado.

“Quero tranquilizar meus cidadãos” sobre a chegada efetiva destes fundos, “o processo de tomada das decisões está em marcha”, assegurou Conte, que recebeu a AFP na elegante Villa Pamphilj, edifício renascentista de Roma, onde foi realizada a conferência.

Perguntando sobre a correta utilização dos fundos, e dos riscos de corrupção, o chefe do governo disse que estão sendo realizadas “reformas estruturais”, especialmente “para acelerar os processos de licitação publica”.

“Mas vamos inserir um protocolo ainda mais rigoroso contra a máfia e o crime”, enfatizou.

“A Itália teve uma taxa de crescimento menor nos últimos anos do que o resto dos países europeus. Está é uma oportunidade para nós, com esses recursos, compensarmos esse atraso”, afirmou.

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