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Giuseppe Conte diz que renunciou para “salvação nacional”

O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, agora demissionário, afirmou que renunciou ao cargo na tentativa de formar “um novo governo que ofereça perspectivas de salvação nacional”.

Em um longo texto no Facebook, Conte explicou que o “sofrimento generalizado dos cidadãos, as profundas dificuldades sociais e econômicas exigem uma perspectiva clara e um governo com uma maioria maior e mais segura”.

A renúncia do premiê foi oficializada nesta manhã e é uma última tentativa do italiano de se manter no poder, após a crise criada pelo ex-primeiro-ministro Matteo Renzi, líder do partido de centro Itália Viva (IV), que decidiu romper com o governo por discordar de suas políticas econômicas.

Com isso, Conte foi obrigado a pedir o voto de confiança do Parlamento na semana passada e conseguiu uma maioria estreita na Câmara dos Deputados e uma maioria relativa no Senado.

Sua renúncia, no entanto, é uma tentativa de formar um novo governo com uma maioria sólida no Parlamento, o que acontecerá principalmente se Conte conseguir atrair senadores da oposição conservadora ou eventuais dissidentes do IV.

Em sua mensagem, o advogado de carreira ressaltou que o governo precisa de uma aliança de “clara lealdade pró-europeia, capaz de concretizar as decisões que pressionam para aprovar uma reforma eleitoral proporcional e reformas institucionais e constitucionais”, com o objetivo de “garantir pluralismo de representação aliado a maior estabilidade do sistema político”.

“Isso importa. Que o nosso país se levante rapidamente e deixe para trás a pandemia e as tragédias que têm causado, para fazer brilhar a nossa nação em toda a sua beleza”, disse.

Apesar de apresentar sua renúncia, o premiê da Itália garantiu que continuará cuidado da nação até que o novo governo tome posse. “Vou continuar o meu serviço ao país, com sentido de responsabilidade e com profundo empenho”.

Enquanto isso, o presidente italiano, Sergio Mattarella, realizará consultas com os partidos até a próxima sexta feira (29), provavelmente, para verificar a possibilidade de se construir uma nova maioria no Parlamento.

“A única coisa que realmente importa, além de quem será escolhido para governar a Itália, é que a República possa levantar a cabeça, porque assim todos terão vencido, a Itália terá vencido”, finalizou.

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