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Governo Draghi aprova versão final de plano de recuperação

O governo do premiê da Itália, Mario Draghi, aprovou a versão final do Plano Nacional de Retomada e Resiliência (PNRR), documento que vai orientar o uso dos repasses do fundo da União Europeia para o pós-pandemia.

Chamado “Próxima Geração UE”, esse é o principal programa criado por Bruxelas para fazer frente à crise econômica provocada pela Covid-19 e se baseia em instrumentos inéditos no projeto de integração europeu, como a emissão de dívida por parte do bloco.

O fundo totaliza 750 bilhões de euros, e a Itália será sua maior beneficiária, com direito a cerca de 191,5 bilhões de euros, um pouco menos do que a estimativa de quase 210 bilhões divulgada no ano passado.

Desse total, aproximadamente 65% serão repassados pela UE em forma de empréstimos com juros abaixo do mercado, enquanto os 35% restantes serão constituídos de transferências sem necessidade de restituição.

Para ter acesso aos recursos europeus, cada Estado-membro precisa apresentar um plano bem definido de utilização desse dinheiro. O programa de investimentos da Itália, aprovado pelo Parlamento, foi enviado à Comissão Europeia que também inclui mais 30,6 bilhões de euros em recursos próprios.

“O PNRR proposto pelo governo Draghi é um plano visionário, reformista e estratégico. O respeito do prazo permitirá ao nosso país poder usufruir primeiro dos recursos”, disse a ministra da  Família, Elena Bonetti, cujo partido, o Itália Viva (IV), de centro, derrubou o governo de Giuseppe Conte por discordar de sua proposta parao  plano de recuperação.

Ao todo, o PNRR italiano totaliza 222,1 bilhões de euros, dinheiro a ser empregado até 2026, e é dividido em seis macroáreas: revolução verde e transição ecológica (68,65 bilhões), digitalização, inovação, competitividade e cultura (49,27 bilhões), educação e pesquisa (31,88 bilhões), infraestrutura e mobilidade sustentável (31,46 bilhões), inclusão e coesão (22,37 bilhões) e saúde (18,51 bilhões).

De forma geral, o plano é composto de propostas genéricas, mas também há projetos mais concretos, como investimentos de 24,77 bilhões de euros na rede ferroviária, sendo 8,57 bilhões em linhas de alta velocidade que conectam o norte do país ao restante da Europa; 6,31 bilhões para levar internet banda larga a 8,5 milhões de residências, empresas e escritórios públicos; e 1,5 bilhão para construção de aterros sanitários e modernização dos já existentes.

Além disso, o programa prevê 2,72 bilhões de euros para a recuperação de patrimônios culturais, religiosos e rurais fora dos grandes centros turísticos e 4,6 bilhões para a criação de 228 mil vagas em creches, o que aumentaria a capacidade atual em 66%.

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