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Governo italiano segue situação na Rússia após rebelião de mercenários

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, “acompanha de perto” e com preocupação os acontecimentos na Rússia após o líder da organização paramilitar privada Grupo Wagner declarar insurreição armada contra o comando militar russo.

A informação foi divulgada em um comunicado do Palácio Chigi, sede do governo italiano. De acordo com a nota, a situação “mostra como a agressão contra a Ucrânia está causando instabilidade também dentro da Federação Russa”.

Meloni, que visita a Áustria, enfatizou que o governo italiano está ciente de uma situação de caos dentro da Rússia que destoa um pouco com certa propaganda vista nos últimos meses”.

“São acontecimentos das últimas horas, não é fácil dizer com exatidão o que se passa: aproveito também para comunicar à imprensa que, findo este compromisso que não quis faltar, convoquei os competentes ministros e a inteligência italiana para obter mais informações. Não posso fazer previsões sobre como as coisas podem correr”, afirmou a premiê durante coletiva de imprensa.

A líder italiana explicou ainda que já há contatos com aliados internacionais e posteriormente haverá uma reunião convocada a nível de chanceleres para troca de informações.

“Não podemos desviar a atenção da Ucrânia. A Itália e a Europa mostraram uma lucidez que nem sempre se viu no passado. O que está acontecendo nos mostra o quanto certa propaganda feita no passado pela Rússia, sobre a força e a compacidade do regime, não correspondia à realidade”, disse Meloni.

Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, confirmou que haverá uma reunião dos chanceleres da União Europeia (UE) em Luxemburgo.

“Estamos acompanhando com preocupação e atenção uma situação de caos que não sabemos como pode evoluir”, afirmou Tajani, lembrando que “tudo é monitorado, nossa Unidade de Crise está operacional 24 horas por dia, sete dias por semana e estamos constantemente alertados sobre o que está acontecendo”.

O chanceler explicou ainda que os cidadãos italianos na Rússia foram orientados a não saírem de suas casas, exceto por motivos excepcionais, e a terem cautela.

“Em relação aos cerca de 5,6 mil italianos atualmente na Federação Russa, não temos relatórios negativos, tudo está em ordem, não há nada com que se preocupar, mas eles foram convidados a serem muito cautelosos”, concluiu.

Já o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou com seu homólogo francês, Emmanuel Macron, o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o premiê do Reino Unido, Rishi Sunak, para discutir a situação na Rússia e afirmar seu “apoio inabalável” à Ucrânia, informou a Casa Branca.

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