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Itália celebra Festa da República em busca de normalidade

Tentando voltar à normalidade após meses de restrições por conta da pandemia do novo coronavírus, a Itália celebrou a Festa da República, que relembra os 75 anos do plebiscito que colocou fim à monarquia no país.

Ainda redimensionadas e sem aglomerações por conta das medidas sanitárias, as comemorações acontecem em meio à esperança de retomada de um país duramente afetado pela pandemia, mas que começa a se  aproximar da luz no fim do túnel.

Como de hábito, o presidente italiano, Sergio Mattarella, depositou uma coroa de louros no Altar da Pátria, mas, pelo segundo ano seguido, sem a presença de público e sem a tradicional parada militar pelo centro histórico de Roma.

Apesar disso, alguns turistas que passavam pela adjacente Piazza Venezia puderam acompanhar a breve cerimônia, que ainda teve as presenças dos principais representantes institucionais do país, como o premiê Mario Draghi e os presidentes do Senado, Elisabetta Casellati, e da Câmara, Roberto Fico.

Em uma mensagem ao chefe do Estado Maior da Defesa, general Enzo Vecciarelli, Mattarella lembrou que a opção pela república 75 anos atrás permitiu à Itália iniciar um percurso de “democracia, progresso social e desenvolvimento”.

“Foi um pacto de cidadania sancionado pelo sufrágio universal, que, pela primeira vez, incluía de maneira completa o voto feminino. Desde então, o processo de crescimento e consolidação da democracia nunca se interrompeu e superou outras provas terríveis, como o terrorismo”, disse o presidente.

Já o ministro das Relações Exteriores, Luigi Di Maio, escreveu em sua página no Facebook que “a história e os valores da República são a força também nesta retomada”. A Itália vem realizando diversas flexibilizações nas medidas sanitárias nas últimas semanas e não tem mais nenhuma região em lockdown.

Restaurantes, bares, museus, cinemas e teatros estão abertos em todo o país, e eventos esportivos podem voltar a receber público, desde que limitado a 25% da capacidade do estádio.

Os números diários de casos e mortes voltaram aos patamares de setembro e outubro, ainda antes da segunda onda da pandemia, e mais de 20% da população nacional está completamente vacinada contra a Covid-19.

“Redescobrir o orgulho de sermos italianos é o desejo que quero compartilhar com vocês. Naquele orgulho está todo o coração de um povo que, após um ano de medo e fragilidade pela Covid, quer voltar a sorrir, a se abraçar, a investir no futuro com confiança e esperança”, declarou a presidente do Senado, Elisabetta Casellati.

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