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Itália dá aval para criação de museu do Holocausto em Roma

A Câmara dos Deputados da Itália aprovou definitivamente um projeto de lei para a criação do Museu Nacional do Holocausto em Roma.

A iniciativa, proposta pelo ministro da Cultura da Itália, Gennaro Sangiuliano, recebeu aval com 283 votos a favor e nenhum contra e foi aplaudida pelos parlamentares.

O objetivo é “ajudar a manter viva e presente a memória da tragédia” no campo de extermínio nazista de Auschwitz. A Fundação Museu do Holocausto administrará o local, sujeito à fiscalização do Ministério da Cultura.

Para a construção e funcionamento do museu, estão previstas despesas de 4 milhões de euros em 2023, 3 milhões de euros em 2024, 3.050 milhões de euros em 2025 e 50 mil euros por ano a partir de 2026.

Sangiuliano agradeceu ao “Parlamento pela qualidade do debate que se desenvolveu e pela convergência” e a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, por ter apoiado sua proposta com todo o governo.

“A máxima partilha por parte dos dois ramos do Parlamento é um sinal de que cultivar a memória das atrocidades do Holocausto representa um valor partilhado da nossa nação. O Museu será um local de fundamental importância para transmitir às gerações futuras os testemunhos da barbárie vivida por aqueles inocentes que foram arrancados de suas vidas”, acrescentou ele.

O ministro italiano enfatizou ainda que “é nosso dever garantir que a maldade do plano criminoso nazifascista e a vergonha das leis raciais não acabem no esquecimento”. “Tudo isto é ainda mais importante hoje, nestes dias cheios de angústia em que assistimos aos massacres perpetrados em Israel pelo Hamas”.

A ideia de construir um museu dedicado à memória do Holocausto em Roma, como existe nas cidades europeias mais importantes, nasceu de fato em 1997. No entanto, foi o então prefeito Walter Veltroni quem anunciou o início das obras em 2005.

Na ocasião, o Campidoglio adquiriu uma área de Villa Torlonia, ao lado da então residência de Benito Mussolini: uma escolha com um forte valor histórico e simbólico. Desde então, uma série de burocracias paralisou o projeto.

Em 2016, a então prefeita de Roma Virginia Raggi anunciou que o plano seria retomado “em breve”, mas a emergência da Covid-19 voltou a paralisá-lo. Somente em meados de setembro de 2021 que foi iniciada a construção do canteiro do museu, com o lançamento da primeira pedra.

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