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Itália é economicamente virtuosa, afirma premiê ao Parlamento

A premiê da Itália, Giorgia Meloni, afirmou que a Itália é uma nação virtuosa economicamente.

“Como fica evidenciado pelo superávit primário, com um sistema previdenciário entre os mais equilibrados da Europa. Tudo isso acompanhado por dados macroeconômicos estáveis e satisfatórios, um mercado de trabalho que está registrando recordes, uma bolsa de valores que, desde 2023, tem apresentado o melhor desempenho da Europa”, destacou.

As declarações foram dadas no discurso ao Parlamento em preparação para a reunião do Conselho Europeu. Em relação ao Pacto de Estabilidade, a primeira-ministra afirmou: “A Itália não quer gastar sem freios e desperdiçar sem controle, mas a situação deve ser considerada ainda excepcional e necessita de uma governança excepcional”.

“O governo está envolvido há meses em condições de negociação complexas, meses nos quais nunca paramos de nos esforçar por uma abordagem construtiva e pragmática. Se a questão ainda está aberta e o acordo final foi adiado é porque em Bruxelas todos reconhecem que a posição italiana é apoiada por uma política fiscal séria”, afirmou.

Ainda durante o discurso, a premiê voltou a defender o alargamento do bloco. “A Itália tem orgulho de liderar, juntamente com a Áustria, um grupo de países amigos dos Bálcãs Ocidentais, por isso apoiamos o plano de crescimento”, lembrou.

“O governo apoia com convicção a recomendação da Comissão Europeia [Poder Executivo do bloco] de abrir negociações de adesão com a Ucrânia e a Moldávia, e compartilhamos a recomendação de conceder o status de candidata à Geórgia. A Itália também apoia firmemente o caminho europeu da Bósnia e Herzegovina”, afirmou.

Sobre a questão do conflito entre Rússia e Ucrânia, a comandante do governo disse: “Acredito que a Ucrânia já venceu esta guerra porque tornou impossível a conquista de todo o território, graças a uma coragem incrível e amor à pátria e ao apoio dos povos livres do Ocidente que não se resignaram a um futuro nas mãos de déspotas e tiranos”.

A mandatária ainda falou sobre a questão migratória. Sobre o acordo entre Itália e Albânia para criar centros de acolhimento de migrantes no país balcânico, ela disse: “Lamento que muitas vozes desarmônicas tenham vindo da Itália, onde de várias partes atacaram [o premiê Edi] Rama por ter ajudado a Itália. Evidentemente, para alguns italianos de esquerda, ajudar a Itália é um crime”.

Por fim, Meloni falou sobre a situação do conflito no Oriente Médio: “A Europa chorou várias vítimas civis, caídas em ataques com armas brancas pelas mãos de fanáticos. Temos o dever de garantir a segurança de nossos cidadãos em solo europeu, fortalecendo a coordenação entre nossas polícias e serviços de inteligência, atividades de controle e prevenção, expulsão e repatriação de estrangeiros radicalizados, controle das fronteiras externas e combate à imigração irregular”.

“Ao mesmo tempo, devemos continuar a garantir, como a Itália tem feit desde o primeiro dia, a máxima segurança às comunidades judaicas ameaçadas por uma crescente onda de antissemitismo. Quero dizer com clareza mais uma vez àqueles que tentam instrumentalizar os eventos dramáticos para incitar o ódio anti-europeu, anti-ocidental e anti-judaico: defenderemos nossa liberdade, defenderemos nossas democracias, defenderemos nossa civilização”, concluiu.

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