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Itália fará testes gratuitos em professores não vacinados

Um acordo firmado entre o ministério da Educação da Itália e os sindicatos do setor prevê que todos os professores que ainda não foram vacinados façam testes anti-Covid gratuitos para ingressar nos centros de ensino do país.

De acordo com o governo italiano, a partir de setembro, os educadores de todos os cursos de ensino e estudantes universitários na Itália devem ter o passaporte sanitário, certificado de vacinação, cura da doença ou teste negativo.

Diante disso, os sindicatos debateram com o ministério da Saúde os protocolos sanitários para acesso às escolas e pediram a disponibilização de exames para detectar a Covid-19 gratuito aos professores que não possuem o chamado “green pass”. Os testes, porém, devem ser pagos pelas instituições.

A medida, no entanto, pode criar uma tensão entre os educadores e os diretores escolares, já que, apesar do acordo, a Associação Nacional de Dirigentes Públicos (Anp) não assinou o protocolo “porque é contrário à possibilidade de as escolas arcarem com o custo dos testes”, segundo o presidente da Anp, Antonello Giannelli.

“Não queremos favorecer nenhuma lógica de substituição da vacinação com testes, tem de ficar claro: trata-se da proteção da saúde coletiva e isso é uma prioridade para nós”, ressaltou Giannelli.

Os sindicatos, por sua vez, têm outra opinião. “Se alguém ainda não tomou a vacina a tempo, o exame vai permitir que ele comece as aulas regularmente”, afirmou Maddalena Gizzi, secretária do Sindicato dos Trabalhadores (CISL).

No acordo, o ministério informa que autoriza institutos, “por meio de convênios com empresas de saúde ou com estruturas diagnósticas afiliadas”, a utilizar recursos extraordinários para a gestão de emergências de saúde “para permitir também aos funcionários das escolas a realização de swabs”.

Segundo dados das autoridades sanitárias, mais de 200 mil professores e funcionários de escolas não estão imunizados nem receberam a primeira dose da vacina anti-Covid, o que equivale a cerca de 15% dos trabalhadores do setor.

Após a polêmica, o Ministério da Educação da Itália especificou que “no memorando de entendimento assinado com os sindicatos não existe, nem se pensou”, em prever um mecanismo de teste gratuito para os professores do movimento “No Vax”.

“O protocolo, por outro lado, declara uma via preferencial para funcionários que ainda não foram vacinados e apoio para os mais vulneráveis, ou aqueles que não podem ser vacinados por razões particulares que serão indicadas em convênios”.

O protocolo de segurança escolar também confirma todas as regras já válidas durante o último ano letivo, que vão desde o uso obrigatório de máscaras até o espaçamento mínimo de um metro e medidas de higiene pessoal.

“Estamos tomando todas as medidas necessárias para garantir o retorno à sala de aula com intervenções direcionadas e oportunas. O acordo alcançado com os sindicatos é mais um passo e atesta o compromisso comum de garantir a todos os alunos o direito de poder voltar a frequentar a escola com segurança e presencialmente, resgatando a relação com seus colegas, professores, a sociabilidade”, afirmou o ministro da Educação, Patrizio Bianchi.

A Itália decidiu retomar as aulas presenciais e para isso todos os professores devem ter o atestado de saúde.

Caso o documento não seja apresentado, a regra prevê a suspensão dos profissionais e o bloqueio do salário a partir do quinto dia de afastamento.

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