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Itália prorroga estado de emergência até 31 de janeiro

O governo da Itália aprovou um decreto-lei que prorroga o estado de emergência devido à pandemia do novo coronavírus até 31 de janeiro de 2021.

Com isso, o país completará um ano sob esse regime, cujo objetivo é agilizar a liberação de recursos para combater a crise sanitária. O instrumento valia inicialmente até 31 de julho, mas depois foi estendido para 15 de outubro e agora para 31 de janeiro.

Entre outras coisas, o estado de emergência permite ao governo suspender voos e a entrada de viajantes provenientes de países de risco, instituir lockdown em áreas com novos focos de contágio e alugar navios para a quarentena de migrantes e refugiados.

A prorrogação foi decidida em uma reunião do Conselho dos Ministros, órgão presidido pelo premiê Giuseppe Conte, e deve motivar protestos da oposição conservadora, que já havia chamado a primeira extensão de “liberticida”.

Por se tratar de um decreto-lei, a medida entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Parlamento em até 60 dias.

O governo também prorrogou até 15 de outubro o decreto com regras anti-Covid assinado pelo primeiro-ministro em 7 de setembro, que deixaria de valer nesta quarta-feira.

O texto, no entanto, traz uma novidade: a obrigatoriedade do uso de máscaras a céu aberto sempre que a pessoa estiver perto de alguém com quem não convive normalmente.

Além disso, a utilização de proteção facial passa a ser compulsória em todos os lugares fechados, com exceção de habitações privadas. Até então, o uso de máscaras era obrigatório em locais abertos com risco de aglomeração e em lugares fechados, mas de acesso público, como museus e órgãos do governo.

Até 15 de outubro, Conte deve assinar um novo decreto com regras para conter a pandemia. A prorrogação do estado de emergência e as normas mais restritivas sobre máscaras chegam em meio ao recrudescimento da crise sanitária na Itália.

Apesar de ainda estar longe dos números vistos no pico da pandemia, entre março e abril, o país vem de 11 semanas seguidas de crescimento nos novos casos e sete de alta nos óbitos.

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