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Justiça de Milão absolve Berlusconi por corrupção de testemunhas

Um tribunal de Milão absolveu o senador e ex-premiê, Silvio Berlusconi, da acusação de corrupção em atos judiciais em um dos desdobramentos do “caso Ruby”. Segundo o juiz, “o fato não existiu”.

Essa é a terceira sentença favorável em primeira instância ao político no chamado “Ruby ter” e que acusava Berlusconi de corromper testemunhas nos depoimentos. Antes de Milão, em processo que o Ministério Público havia pedido seis anos de prisão, o senador foi absolvido pelas cortes de Siena e de Roma.

“É uma absolvição com a fórmula mais ampla e mais plena possível. Não posso estar mais satisfeito. São três em três”, disse o advogado de Berlusconi, Federico Cecconi.

Além do político, todos os 29 acusados foram absolvidos, incluindo a modelo ítalo-marroquina Karima el Mahroug, a Ruby, pivô do escândalo sexual que abalou a imagem de Berlusconi, e as outras 20 jovens envolvidas nas famosas festas na mansão Arcore – chamadas de “bungabunga”.

Após o anúncio da sentença, el Mahroug deu uma rápida declaração à imprensa comemorando a decisão. “Ruby foi tudo uma invenção. Meu nome permanece Karima e agora acabou esse pesadelo. Preciso de um tempo para assimilar, mas estou feliz porque ao menos uma parte da verdade apareceu”, disse aos jornalistas.

A procuradora-adjunta de Milão, Tiziana Siciliano, afirmou que “não há amargura” coma a decisão e que isso “faz parte do nosso sistema judiciário”. “Trabalhamos com profunda convicção e as provas, do nosso ponto de vista, nos dão essa convicção – e ela permanece: houve falsos testemunhos e corrupção”, pontuou.

Questionada se irá recorrer, a procuradora afirmou que agora serão aguardadas as motivações para decidir os próximos passos.

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