O Tribunal de Vigilância Penal de Cagliari, no sul da Itália, rejeitou um pedido do ex-terrorista Cesare Battisti para progredir para o regime domiciliar em função da pandemia do novo coronavírus.
O recurso havia sido apresentado pelo advogado do italiano, Davide Steccanella, que alega que seu cliente sofre de hepatite B e infecção pulmonar e teme ser contaminado pelo Sars-CoV-2.
O Tribunal de Vigilância, no entanto, teria encontrado uma solução alternativa para que Battisti continue descontando sua pena dentro da cadeia.
Extraditado pela Bolívia em janeiro de 2019, o italiano de 65 anos cumpre prisão perpétua na penitenciária de Oristano, em regime de isolamento diurno. Ele pertencia ao grupo terrorista Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) e foi condenado por quatro assassinatos cometidos na década de 1970.
Após ter passado quase 40 anos foragido e alegando inocência, Battisti admitiu, em março de 2019, ter sido o autor material de dois homicídios e seu envolvimento nos outros dois. Ele transcorreu boa parte de seu período de fuga no Brasil e tem um filho nascido no país.