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Líder do Europarlamento critica União Europeia por postura sobre afegãos

O presidente do Parlamento da União Europeia, David Sassoli, disse que ficou muito decepcionado com a reunião entre os ministros do Interior do bloco sobre a crise no Afeganistão.

Na ocasião, a comissária de Assuntos Internos da UE, Ylva Johansson, defendeu “ajudar as pessoas no Afeganistão e nas vizinhanças” para evitar uma nova crise migratória e de refugiados nas fronteiras do bloco.

Além disso, Áustria, Dinamarca e República Tcheca se uniram para pedir que os afegãos fiquem no Afeganistão, novamente comandado pelo grupo fundamentalista Talibã devido ao fracasso da intervenção de 20 anos liderada pelos EUA e pela Otan.

“Ficamos muito decepcionados com as conclusões do Conselho de Assuntos Internos. Vimos países de fora da União Europeia oferecendo acolhimento a solicitantes de refúgio afegãos, mas não vimos um único país membro [da UE] fazer o mesmo”, declarou Sassoli, de centro-esquerda.

Segundo o italiano, não é possível “fingir que a questão afegã” não diz respeito ao bloco europeu. “Nós participamos da missão [da Otan], compartilhando seus objetivos e fins”, acrescentou.

Até o momento, a União Europeia e seus Estados-membros têm defendido sobretudo o envio de ajudas aos países que fazem fronteira com o Afeganistão, para evitar que refugiados sigam viagem até o velho continente.

A Grécia, que esteve na linha de frente da crise migratória de 2015, já construiu até um muro em sua fronteira com a Turquia para barrar futuros fluxos de afegãos.

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