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Líderes da União Europeia aprovam status de candidata à Ucrânia e Moldávia

Os líderes dos 27 países da União Europeia decidiram em Bruxelas, dar o status de candidata à Ucrânia, que pediu sua entrada ao bloco após a invasão promovida pela Rússia, e à Moldávia.

A concessão do status de candidato – uma etapa mais simbólica do que prática – foi aprovada por unanimidade com base nas recomendações da Comissão. A medida é apoiada pelas principais economias do bloco.

“Acordo. A União Europeia acaba de decidir conferir o status de candidata à Ucrânia e Moldávia. Um momento histórico. O dia de hoje marca um passo fundamental em seu caminho rumo à UE”, escreveu o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, no Twitter, parabenizando os líderes da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e da Moldávia, Maia Sandu.

Em coletiva, Michel explicou ainda que esta “é uma mensagem forte de determinação política” e que os líderes também chegaram “a um acordo sobre como levar apoio à Ucrânia, a nível financeiro e militar”.

“Confirmamos a nossa determinação em contrariar as consequências da agressão russa em termos alimentares e energéticos”, acrescentou.

Além disso, a UE também decidiu “reconhecer a perspectiva europeia da Geórgia” e disse estar “pronta para conceder o status de candidato assim que as prioridades pendentes forem abordadas”.

Segundo Michel, o Conselho Europeu também “está pronto para considerar o status de país candidato da Bósnia depois que a Comissão apresentar seu relatório”.

A presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, por sua vez, lembrou que “hoje é um bom dia para a Europa” e ressaltou que os países “fazem parte da nossa família europeia”, tendo em vista a decisão histórica.

Já Zelensky, que está conectado ao vivo à sala do Conselho Europeu em Bruxelas, celebrou o voto positivo, segundo fontes oficiais. “É um momento único e histórico”, disse ele, agradecendo “Charles Michel, Ursula von der Leyen e os líderes da UE por seu apoio”. “O futuro da Ucrânia está dentro da UE”.

Apesar da aprovação, o processo de adesão é longo e complexo e exige do candidato a implantação de uma série de reformas políticas e econômicas e a adequação às legislações europeias em todos os âmbitos, incluindo regras sanitárias, regime fiscal, licitações públicas, liberdade de imprensa e independência do poder Judiciário.

Prova disso são os outros cinco países que já têm o status de candidato, mas hoje não estão nem perto de ingressar na União Europeia: Albânia, Macedônia do Norte, Montenegro, Sérvia e Turquia. Áustria, Finlândia e Suécia detêm hoje o recorde de velocidade no processo de adesão à UE: 1.431 dias, ou seja, quase quatro anos. Já o membro mais recente da UE, a Croácia, apresentou sua candidatura em 2003 e só entrou no bloco em 2013.

Representantes da UE já deixaram claro que a Ucrânia não terá atalhos para entrar no bloco. Os líderes da região dos Bálcãs Ocidentais, um grupo de países que negocia há vários anos sua adesão, inclusive, não esconderam seu descontentamento.

Reação:

O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que a concessão do status de candidata à Ucrânia, que pediu sua entrada ao bloco após o início da invasão ao seu país, “é um sinal muito forte” para a Rússia e um “fato importante no contexto da guerra”.

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