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Lula revelará destino de Cesare Battisti após acórdão do Supremo Tribunal Federal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que só anunciará sua decisão sobre a extradição do ex-ativista político italiano Cesare Battisti depois que receber formalmente o acórdão do Supremo Tribunal Federal (STF) e se reunir com a sua assessoria jurídica para discutir o assunto.

 

Por cinco votos a quatro, o STF autorizou nesta semana a extradição de Battisti, mas deu a palavra final sobre o caso ao presidente. Na quinta-feira, uma fonte do governo disse à Reuters que Lula não deve extraditar o italiano e não tem pressa para anunciar sua decisão.

 

Segundo a fonte, o governo procura agora argumentos jurídicos para embasar sua posição.

 

"Primeiro, eu tenho que receber a comunicação da Suprema Corte brasileira, que ainda está sendo redigida", disse o presidente a jornalistas em Salvador.

 

"Esse não é um assunto que eu possa ficar insinuando o que que eu vou fazer. Eu tenho que fazer, vou fazer, e quando eu fizer toda a imprensa brasileira vai saber", destacou.

 

Mais cedo, em entrevista às rádios Metrópole FM e Excelsior AM, de Salvador, Lula afirmou que já havia tomado sua decisão, mas que não iria revelá-la. O presidente também criticou a iniciativa do italiano de iniciar uma greve de fome.

 

"Eu já disse para ele (Battisti): Para com essa greve de fome. Eu já fiz greve de fome. A greve de fome ou é um ato de desespero ou um ato de ignorância, porque eu jamais faria outra vez", disse Lula.

 

"Isso não ajuda a ele. Nós não estamos em um momento de ficar recebendo esse tipo de pressão", complementou.

 

Acusado e condenado à revelia na Itália pela autoria de quatro homicídios na década de 1970, quando integrava a organização Proletários Armados para o Comunismo (PAC), Battisti cumpre prisão preventiva em Brasília desde 2007.

 

"É importante saber… que ele é processado no Brasil por falsidade ideológica. Então, nós temos que pensar tudo isso para decidir concretamente o que vai fazer, da forma mais tranquila, democrática e serena possível", concluiu o presidente.

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