Milhares de pessoas participaram neste sábado, no centro de Roma, de uma manifestação convocada pelo sindicato metalúrgico Fiom, para protestar pela crise no setor e pela política econômica do Governo de Silvio Berlusconi e para exigir a renovação do convênio coletivo.
Os manifestantes fizeram dois cortejos que se encontraram na praça de São João de Latrão, local que é o símbolo das grandes manifestações da esquerda e dos sindicatos italianos, onde discursou o líder da Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL), a mais importante da Itália, Guglielmo Epifani.
"O país está à deriva, há meses está abandonado à sua sorte. Existe uma situação social muito preocupante, que exige uma mudança profunda nas políticas econômicas. Saímos às ruas para defender nossos direitos e o convênio coletivo, que não pode ser mais revogado", disse Epifani.
O dirigente sindical denunciou o aumento do desemprego na Itália e o fechamento de empresas, que, segundo ele, são dois problemas de muito difícil resolução sem o compromisso do Governo "e se as empresas aproveitarem a crise para reduzir os direitos dos trabalhadores".
Na Itália o desemprego afeta 8,3% da população ativa, num total de 2.079.000 pessoas sem postos de trabalho.