O Conselho de Estado da Itália, última instância da justiça administrativa do país europeu, decidiu suspender novamente a extradição de Henrique Pizzolato para o Brasil.
O Conselho pediu ao Ministério da Justiça italiano que forneça mais documentos e vai continuar analisando o caso até 22 de setembro. Até lá, Henrique Pizzolato, que fugiu para a Itália com os documentos falsos do irmão morto em 1978, permanecerá preso na Penitenciária de Modena.
Esta é a terceira vez que o órgão suspende a extradição desde que o governo italiano autorizou o procedimento, no final de abril. Na última vez, no dia 12 de junho, a justiça havia adiado a decisão para 23 de junho.
Condenado a 12 anos e sete meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro no caso do mensalão, o ex-diretor do Banco do Brasil luta na justiça para permanecer no país europeu. Ele tem dupla cidadania e alega ter direito de permanecer no país. A Justiça brasileira pede a extradição do condenado para que ele cumpra pena no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, onde outros condenados no processo do mensalão estão presos.