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Menino egípcio chega à Itália após viajar 10 dias no mar

Infelizmente, o resgate de crianças em botes repletos de migrantes no Mediterrâneo já é uma cena bastante comum. No entanto, um menino nessas condições virou notícia na Itália pela sua história.   

Há cerca de 5 dias, Ahmed, um garoto de apenas 13 anos, foi resgatado em bote vindo do Egito próximo da costa italiana. Ao desembarcar na ilha de Lampedusa, a primeira coisa que o menino fez foi mostrar um documento que estava dentro de uma sacola de plástico, a qual segurava apertada junto ao corpo, para funcionários da Organização Internacional para a Migração (OIM) que estavam no local.   

O papel era um certificado de saúde de seu irmãozinho, Farid, de somente 7 anos, que prova que o pequeno tem um grave quadro de plaquetopenia, doença onde o nível de plaquetas na corrente sanguínea é perigosamente baixo.   

Para os voluntários, Ahmed contou que deixou o Egito para procurar ajuda para seu irmão, que não conseguia tratamento no seu país. Ele disse que, para fazer a travessia, ele usou todas as economias que a família tinha, obtidas cultivando tâmaras, e que seu tio o ajudou a conseguir um lugar em um dos botes negociando com os "atravessadores" o terreno que lhe pertencia.   

O pequeno egípcio então, começou sua viagem escondido em um caminhão e deixou seu vilarejo, o de Rashid Kafr El Sheikh, que fica a cerca de 130 quilômetros do Cairo, chegando alguns dias depois à cidade litorânea de Alexandria. Desse ponto, o menino passou mais 10 dias em alto-mar no bote.   

A história de Ahmed, contada pela primeira vez pelo jornal italiano "Corriere della Sera", comoveu várias pessoas e, sem muita demora, ofertas de ajuda ao garoto, ao seu irmão e à sua família começaram a surgir.   

A maior delas foi a do Hospital de Careggi, em Florença, que se dispôs a pagar o tratamento de Farid em suas facilidades. Além disso, o garoto e toda a sua família poderão ficar em um apartamento da Fundação Tommasino Bacciotti, que angaria fundos e patrocina pesquisas sobre tumores cerebrais em crianças e adolescentes. (Ansa)

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