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Ministério Público pede prisão perpétua para mafioso Matteo Messina Denaro

O Ministério Público de Caltanissetta, na região italiana da Sicília, pediu prisão perpétua para o líder foragido da Cosa Nostra, Matteo Messina Denaro, acusado de ser um dos mandantes dos atentados que mataram os juízes Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, em 1992.

Chefe do clã de Castelvetrano, na província de Trapani, Denaro é tido como um dos mais poderosos líderes da máfia siciliana e está foragido desde 1993.

Segundo o procurador Gabriele Paci, o criminoso é o “regente” da Cosa Nostra trapanese pelo menos desde 1991, nomeado por Salvatore “Totò” Riina (1930-2017), o mais sanguinário “boss” da máfia.

“Quando começou a guerra da máfia, em 1991, Paolo Borsellino operava em Trapani, território administrado por Matteo Messina Denaro. Totò Riina, para iniciar a era dos massacres, precisava convencer os representantes provinciais sobre seu projeto, construir um consenso. Se houvesse dissenso de uma das províncias, teria acontecido uma guerra. Foi ele [Denaro], mais do que todos, quem ajudou Riina a cortar pela raiz os rumores de discordância”, disse Paci.

Denaro é considerado o líder da Cosa Nostra – ou pelo menos um de seus principais chefes – desde a prisão de Bernardo Provenzano (1933-2016), sucessor de Riina, em 2006. Foragido, buscou se afastar da política e investir em novos setores da economia, como energias renováveis, para lavar o dinheiro obtido com as atividades criminosas da máfia.

Tanto Paolo Borsellino quanto Giovanni Falcone investigavam os meandros da Cosa Nostra e foram assassinados em atentados a bomba em 1992, na Sicília. Hoje eles são os maiores símbolos da luta contra a máfia na Itália.

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