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Ministra italiana descarta adiar reabertura das escolas

A ministra da Educação da Itália, Lucia Azzolina, descartou a hipótese de adiar a reabertura das escolas para aulas presenciais, prevista para 14 de setembro, no início do ano letivo 2020/21.

Azzolina veio a público poucas horas depois de um consultor do Ministério da Saúde, Walter Ricciardi, ter dito à emissora pública Rai que a tendência de aumento nos novos casos do coronavírus Sars-CoV-2 poderia colocar em risco a reabertura das escolas e as eleições regionais de 20 e 21 de setembro.

“Não há nenhum risco para a abertura do ano letivo. Temos o dever moral de reabrir [as escolas], é uma prioridade absoluta do governo. Será uma operação complexa, mas estamos mais preparados do que no começo da pandemia”, disse Azzolina, também à Rai.

A ministra tem sido o alvo preferido da oposição desde quando decidiu encerrar o ano letivo 2019/20, concluído em junho, com aulas a distância. O senador de extrema direita Matteo Salvini pede sua demissão quase diariamente e diz que ela foi “reprovada” no cargo.

Além disso, Azzolina é alvo de críticas por causa das medidas impostas pelo governo para permitir a reabertura das escolas, como o uso obrigatório de máscaras. “Na Suíça, reabriram as escolas sem exigir máscaras para crianças. Ou os suíços são imbecis, ou uma ministra incapaz e incompetente dirige a educação italiana”, declarou Salvini durante um comício.

Azzolina, por sua vez, disse que o governo distribuirá 11 milhões de máscaras por dia nas escolas e acrescentou que os estudantes poderão ficar sem a proteção se estiverem sentados a mais de um metro de distância dos colegas.

“Inicialmente, a proteção será um sacrifício importante, mas necessário. Onde houver distanciamento, será possível abaixar a máscara. Vale lembrar também que o dispositivo não está previsto para menores de seis anos”, ressaltou a ministra, em entrevista à revista Oggi.

Após ter controlado a pandemia, a Itália vivencia uma tendência de alta nos casos diários de coronavírus ao longo das últimas semanas, embora o número de mortes se mantenha baixo.

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