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Ministros da União Europeia se reúnem para discutir naufrágio na Itália

Os ministros das Relações Exteriores e do Interior da União Europeia vão se reunir, em Luxemburgo, para discutir os problemas causados pela imigração. O encontro foi convocado após uma embarcação com cerca de 900 imigrantes naufragar No Canal da Sicilia, na Itália, podendo se tornar o mais grave episódio no Mar Mediterrâneo desde o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945.

O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, reconheceu que o bloco tem agido de maneira insuficiente para conter novas tragédias. "A UE não pode continuar enviando condolências um dia após uma tragédia. Nós todos devemos nos questionar se fizemos o bastante para salvar a vida desses imigrantes", criticou.

A França também admitiu que faltou "vigilância" no Mar Mediterrâneo. "Sobre esta tragédia, a França não esteve à altura da situação", comentou o porta-voz do governo, Stephane Le Foll. "Há uma tomada de consciência coletiva, não podemos deixar a Itália sozinha diante deste problema", acrescentou.

Por sua vez, o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, afirmou que a solução para as tragédias com imigrantes está na Líbia. "Pedimos para a Europa lidar com o tema da Líbia de maneira mais respeitosa. É preciso resolver a raiz do problema: a Líbia", disse o premier, referindo-se ao país de onde partem os navios de imigrantes.

Centenas de pessoas tentam fugir do território líbio devido à crise política local.

"Esperamos que a tragédia, além de questionar nossa consciência, retome a capacidade de decisão da Europa", afirmou o chanceler italiano, Paolo Gentiloni. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, também disse estar em "choque pela enésima" tragédia do tipo nas águas do Mar Mediterrâneo. Ele pediu a presença "urgente" de uma "robusta" equipe de socorro e resgate.

Vítimas

As autoridades italianas acreditam que a embarcação naufragada levava entre 700 e 900 passageiros. Apenas 28 pessoas foram resgatadas com vida.

Até o momento, as equipes conseguiram retirar do mar 24 corpos, os quais foram levados para autópsia.

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